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MATÉRIA 06 ‐ A TRINDADE


Marcos 1.11 "E ouviu‐se uma voz dos céus, que dizia: TU ÉS O MEU FILHO
AMADO, em quem me comprazo".
As três divinas pessoas da Trindade estão presentes no batismo de Jesus. Deus é
revelado nas Escrituras como um só Deus, existente como Pai, Filho e Espírito
Santo (cf. Mt 3.16,17; 28.19; Mc 1.9‐11; 2 Co 13.14; Ef 4.4‐6; 1 Pe 1.2; Jd 20,21).
Esta é a doutrina da Trindade,expressando a verdade de que dentro da essência
una de Deus, subsistem três Pessoas distintas, compartilhando uma só natureza
divina comum. Assim, segundo as Escrituras, Deus é singular (uma unidade) num
sentido, e plural (trina), noutro.
(1) As Escrituras declaram que Deus é um só uma união perfeita de uma só
natureza, substância e essência (Dt 6.4; Mc 12.29; Gl 3.20). Das pessoas da
deidade, nenhuma é Deus sem as outras, e cada uma, juntamente com as outras,
é Deus. (2) O Deus único existe numa pluralidade de três pessoas identificáveis,
distintas; mas não separadas. As três não são três deuses, nem três partes ou
expressões de Deus, mas são três pessoas tão perfeitamente unidas que
constituem o único Deus verdadeiro e eterno. O Filho e também o Espírito Santo
possuem atributos que somente Deus possui (ver Jo 20.28; 1.1,14; 5.18; 14.16;
16.8,13; Gn 1.2; Is 61.1; At 5.3,4; 1 Co 2.10,11; Rm 8.2,26,27; 2 Ts 2.13; Hb 9.14).
Nem o Pai, nem o Filho, nem o Espírito Santo, foram feitos ou criados em tempo
algum, mas cada um é igual ao outro em essência, atributos, poder e glória. (3) O
Deus único, existente em três pessoas, torna possível desde toda a eternidade o
amor recíproco, a comunhão, o exercício dos atributos divinos, a mútua
comunhão no conhecimento e o inter‐relacionamento dentro da deidade (cf. Jo
10.15; 11.27; 17.24; 1 Co 2.10)

1.13 TENTADO POR SATANÁS. Ver Mt 4.1.

1.14 O EVANGELHO. Ver Mc 14.9 .

1.15 O REINO DE DEUS.

 A proclamação e a concretização do reino de Deus foi o
propósito da obra de Cristo. Foi o tema de sua mensagem na terra (Mt 4.17).
Quanto à forma de manifestação do reino, existem: (1) O reino de Deus em
Israel. No AT, o reino visava preparar o caminho da salvação da humanidade.
Devido à rejeição de Jesus, o Messias de Israel, o reino foi tirado desta nação (ver
Mt 21.43 nota); (2) O reino de Deus em Cristo. O reino esteve presente na pessoa
e na obra de Jesus, o Rei (Lc 11.20); (3) O reino de Deus na igreja. Trata‐se da
manifestação atual do reino de Deus nos corações e nas vidas de todos aqueles
que se arrependem e crêem no evangelho (Jo 3.3,5; Rm 14.17; Cl 1.13). Sua
presença manifesta‐se com grande poder contra o império de Satanás. Não se
trata de um reino político, material, mas de uma poderosa e eficaz presença e
operação de Deus entre o seu povo (ver 1.27, 9.1); (4) O reino de Deus na
consumação da História. Trata‐se do Reino Messiânico, predito pelos profetas (Sl
89.36,37; Is 11.1‐9; Dn 7.13,14). Cristo reinará na terra durante mil anos (Ap
20.4‐6). A igreja reinará juntamente com Ele, sobre as nações (2 Tm 2.12; 1 Co
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6.2,3; Ap 2.26,27; ver Ap 20.4 nota); (5) O reino de Deus na eternidade. O reino
messiânico durará mil anos, dando lugar ao reino eterno de Deus, que será
estabelecido na nova terra (Ap 21.1‐4). O centro da nova terra é a Cidade Santa,
a Nova Jerusalém (Ap 21.9‐11). Os habitantes são os redimidos do AT (Ap 21.12)
e do NT (Ap 21.14). Sua maior bênção é "verão o seu rosto" (Ap 22.4; ver Ap
21.1)
I ‐ DEUS
QUEM É DEUS?
Os Atributos de Deus
Sl 139.7,8 “Para onde me irei do teu Espírito ou para onde fugirei da tua face? Se
subir ao céu, tu aí estás; se fizer no Seol a minha cama, eis que tu ali estás
também”.
A Bíblia não procura comprovar que Deus existe. Em vez disso, ela declara a sua
existência e apresenta numerosos atributos seus. Muitos desses atributos são
exclusivos dEle, como Deus; outros existem em parte no ser humano, pelo fato
de ter sido criado à imagem de Deus.

ATRIBUTOS EXCLUSIVOS DE DEUS.
(1) Deus é onipresente — Ele está presente em todos os lugares a um só tempo.
O salmista afirma que, não importa para onde formos, Deus está ali (Sl 139.7‐12;
cf. Jr 23.23,24; At 17.27,28); Deus observa tudo quanto fazemos.
(2) Deus é onisciente — Ele sabe todas as coisas (Sl 139.1‐6; 147.5). Ele conhece,
não somente nosso procedimento, mas também nossos próprios pensamentos

(1Sm 16.7; 1 Rs 8.39; Sl 44.21; Jr 17.9,10). Quando a Bíblia fala da presciência de
Deus (Is 42.9; At 2.23; 1Pe 1.2), significa que Ele conhece com precisão a
condição de todas as coisas e de todos os acontecimentos exeqüíveis, reais,
possíveis, futuros, passados ou predestinados (1Sm 23.10‐13; Jr 38.17‐20). A
presciência de Deus não subentende determinismo filosófico. Deus é
plenamente soberano para tomar decisões e alterar seus propósitos no tempo e
na história, segundo sua própria vontade e sabedoria. Noutras palavras, Deus
não é limitado à sua própria presciência (ver Nm 14.11‐20; 2Rs 20.1‐7).
(3) Deus é onipotente — Ele é o Todo‐poderoso e detém a autoridade total sobre
todas as coisas e sobre todas as criaturas (Sl 147.13‐18; Jr 32.17; Mt 19.26; Lc
1.37). Isso não quer dizer, jamais, que Deus empregue todo o seu poder e
autoridade em todos os momentos. Por exemplo, Deus tem poder para
exterminar totalmente o pecado, mas optou por não fazer assim até o final da
história humana (ver 1Jo 5.19 nota). Em muitos casos, Deus limita o seu poder,
quando o emprega através do seu povo (2Co 12.7‐10); em casos assim, o seu
poder depende do nosso grau de entrega e de submissão a Ele (ver Ef 3.20).
(4) Deus é transcendente — Ele é diferente e independente da sua criação (ver
Êx 24.9‐18; Is 6.1‐3; 40.12‐26; 55.8,9). Seu ser e sua existência são infinitamente
maiores e mais elevados do que a ordem por Ele criada (1Rs 8.27; Is 66.1,2; At
17.24,25). Ele subsiste de modo absolutamente perfeito e puro, muito além
daquilo que Ele criou. Ele mesmo é incriado e existe à parte da criação (ver 1Tm
6.16 nota).
A transcendência de Deus não significa, porém, que Ele não possa estar entre o
seu povo como seu Deus (Lv 26.11,12; Ez 37.27; 43.7; 2Co 6.16).
(5) Deus é eterno — Ele é de eternidade à eternidade (Sl 90.1,2; 102.12; Is
57.12). Nunca houve nem haverá um tempo, nem no passado nem no futuro, em
que Deus não existisse ou que não existirá; Ele não está limitado pelo tempo
humano (cf. Sl 90.4; 2Pe 3.8), e é, portanto, melhor descrito como “EU SOU” (cf.
Êx 3.14; Jo 8.58).
(6) Deus é imutável — Ele é inalterável nos seus atributos, nas suas perfeições e
nos seus propósitos para a raça humana (Nm 23.19; Sl 102.26‐28; Is 41.4; Ml 3.6;
Hb 1.11,12; Tg 1.17). Isso não significa, porém, que Deus nunca altere seus
propósitos temporários ante o proceder humano. Ele pode, por exemplo, alterar
suas decisões de castigo por causa do arrependimento sincero dos pecadores (cf.
Jn 3.6‐10). Além disso, Ele é livre para atender as necessidades do ser humano e
às orações do seu povo. Em vários casos a Bíblia fala de Deus mudando uma
decisão como resultado das orações perseverantes dos justos (e.g., Nm 14.1‐20;
2Rs 20.2‐6; Is 38.2‐6; Lc 18.1‐8).
(7) Deus é perfeito e santo — Ele é absolutamente isento de pecado e
perfeitamente justo (Lv 11.44,45; Sl 85.13; 145.17; Mt 5.48). Adão e Eva foram
criados sem pecado (cf. Gn 1.31), mas com a possibilidade de pecarem. Deus, no
entanto, não pode pecar (Nm 23.19; 2Tm 2.13; Tt 1.2; Hb 6.18). Sua santidade
inclui, também, sua dedicação à realização dos seus propósitos e planos.
(8) Deus é trino e uno — Ele é um só Deus (Dt 6.4; Is 45.21; 1Co 8.5,6; Ef 4.6; 1Tm
2.5), manifesto em três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo (e.g., Mt 28.19; 2Co
13.14; 1Pe 1.2). Cada pessoa é plenamente divina, igual às duas outras; mas não
são três deuses, e sim um só Deus (ver Mt 3.17 nota; Mc 1.11 nota).

ATRIBUTOS MORAIS DE DEUS.

 Muitas características do Deus único e verdadeiro,
especialmente seus atributos morais, têm certa similitude com as qualidades
humanas; sendo, porém, evidente que todos os seus atributos existem em grau
infinitamente superior aos humanos. Por exemplo, embora Deus e o ser humano
possuam a capacidade de amar, nenhum ser humano é capaz de amar com o
mesmo grau de intensidade como Deus ama. Além disso, devemos ressaltar que
a capacidade humana de ter essas características vem do fato de sermos criados
à imagem de Deus (Gn 1.26,27); noutras palavras, temos a sua semelhança, mas
Ele não tem a nossa; Ele não é como nós.
(1) Deus é bom (Sl 25.8; 106.1; Mc 10.18). Tudo quanto Deus criou originalmente
era bom, era uma extensão da sua própria natureza (Gn 1.4,10,12,18,21,25,31).
Ele continua sendo bom para sua criação, ao sustentá‐la, para o bem de todas as
suas criaturas (Sl 104.10‐28; 145.9); Ele cuida até dos ímpios (Mt 5.45; At 14.17).
Deus é bom, principalmente para os seus, que o invocam em verdade (Sl 145.18‐
20).
(2) Deus é amor (1Jo 4.8). Seu amor é altruísta, pois abraça o mundo inteiro,
composto de humanidade pecadora (Jo 3.16; Rm 5.8). A manifestação principal
desse seu amor foi a de enviar seu único Filho, Jesus, para morrer em lugar dos
pecadores (1Jo 4.9,10). Além disso, Deus tem amor paternal especial àqueles que
estão reconciliados com Ele por meio de Jesus (ver Jo 16.27 ).
(3) Deus é misericordioso e clemente (Êx 34.6; Dt 4.31; 2Cr 30.9; 'Sl 103.8; 145.8;
Jl 2.13); Ele não extermina o ser humano conforme merecemos devido aos
nossos pecados (Sl 103.10), mas nos outorga o seu perdão como dom gratuito a
ser recebido pela fé em Jesus Cristo.
(4) Deus é compassivo (2Rs 13.23; Sl 86.15; 111.4). Ser compassivo significa
sentir tristeza pelo sofrimento doutra pessoa, com desejo de ajudar. Deus, por
sua compaixão pela humanidade, proveu‐lhe perdão e salvação (cf. Sl 78.38).
Semelhantemente, Jesus, o Filho de Deus, demonstrou compaixão pelas
multidões ao pregar o evangelho aos pobres, proclamar libertação aos cativos,
dar vista aos cegos e pôr em liberdade os oprimidos (Lc 4.18; cf. Mt 9.36; 14.14;
15.32; 20.34; Mc 1.41; ver Mc 6.34).
(5) Deus é paciente e lento em irar‐se (Êx 34.6; Nm 14.18; Rm 2.4; 1Tm 1.16).
Deus expressou esta característica pela primeira vez no jardim do Éden após o
pecado de Adão e Eva, quando deixou de destruir a raça humana conforme era
seu direito (cf. Gn 2.16,17). Deus também foi paciente nos dias de Noé, enquanto
a arca estava sendo construída (1Pe 3.20). E Deus continua demonstrando
paciência com a raça humana pecadora; Ele não julga na devida ocasião, pois
destruiria os pecadores, mas na sua paciência concede a todos a oportunidade
de se arrependerem e serem salvos (2Pe 3.9).
(6) Deus é a verdade (Dt 32.4; Sl 31.5; Is 65.16; Jo 3.33). Jesus chamou‐se a si
mesmo “a verdade” (Jo 14.6), e o Espírito é chamado o “Espírito da verdade” (Jo
14.17; cf. 1Jo 5.6). Porque Deus é absolutamente fidedigno e verdadeiro em tudo
quanto diz e faz, a sua Palavra também é chamada a verdade (2Sm 7.28; Sl
119.43; Is 45.19; Jo 17.17). Em harmonia com este fato, a Bíblia deixa claro que
Deus não tolera a mentira nem falsidade alguma (Nm 23.19; Tt 1.2; Hb 6.18).
(7) Deus é fiel (Êx 34.6; Dt 7.9; Is 49.7; Lm 3.23; Hb 10.23). Deus fará aquilo que
Ele tem revelado na sua Palavra; Ele cumprirá tanto as suas promessas, quanto
as suas advertências (Nm 14.32‐35; 2 Sm 7.28; Jó 34.12; At 13.23,32,33; ver 2Tm
2.13 nota). A fidelidade de Deus é de consolo inexprimível para o crente, e
grande medo de condenação para todos aqueles que não se arrependerem nem
crerem no Senhor Jesus (Hb 6.4‐8; 10.26‐31).
(8) Finalmente, Deus é justo (Dt 32.4; 1Jo 1.9). Ser justo significa que Deus
mantém a ordem moral do universo, é reto e sem pecado na sua maneira de
tratar a humanidade (Ne 9.33; Dn 9.14). A decisão de Deus de castigar com a
morte os pecadores (Rm 5.12), procede da sua justiça (Rm 6.23; cf. Gn 2.16,17);
sua ira contra o pecado decorre do seu amor à justiça (Rm 3.5,6; ver Jz 10.7). Ele
revela a sua ira contra todas as formas da iniqüidade (Rm 1.18), principalmente a
idolatria (1Rs 14.9,15,22), a incredulidade (Sl 78.21,22; Jn 3.36) e o tratamento
injusto com o próximo (Is 10.1‐4;Am 2.6,7). Jesus Cristo, que é chamado o
“Justo” (At 7.52; 22.14; cf. At 3.14), também ama a justiça e abomina o mal (ver
Mc 3.5; Rm 1.18 nota; Hb 1.9 ). Note que a justiça de Deus não se opõe ao seu
amor. Pelo contrário, foi para satisfazer a sua justiça que Ele enviou Jesus a este
mundo, como sua dádiva de amor (Jo 3.16; 1Jo 4.9,10) e como seu sacrifício pelo
pecado em lugar do ser humano (Is 53.5,6; Rm 4.25; 1Pe 3.18), a fim de nos
reconciliar consigo mesmo (ver 2Co 5.18‐21, notas). A revelação final que Deus
fez de si mesmo está em Jesus Cristo (cf. Jo 1.18; Hb 1.1‐4); noutras palavras, se
quisermos entender completamente a pessoa de Deus, devemos olhar para
Cristo, porque nEle habita toda a plenitude da divindade (Cl 2.9).

II ‐ JESUS CRISTO
QUEM É JESUS CRISTO?
I. A PRÉ‐EXISTÊNCIA DE JESUS

A. Assim como Deus é eterno, Jesus também o é:
Jo 1.1; Cl 1.17; Mq 5.2; Jo 17.3; Jo 8.58.
B. Antes da fundação do mundo, Jesus planejou junto com o seu Pai, a salvação
da humanidade.
Deus na sua onisciência viu, desde a eternidade, que o homem a ser criado, cairia
em pecado, sujeito à perdição eterna. Ele então preparou um caminho de
salvação, por meio do sacrifício de seu próprio Filho. Jesus participou e
concordou e desde então já estava disposto a dar a sua vida por nós. Por isto a
Bíblia se expressa: "O Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo", Ap
13.8. A vida eterna é assim prometida "antes dos tempos dos séculos", Tt 1.2,
quando Deus nos elegeu para em Jesus sermos santos e irrepreensíveis, Ef 1.4.
C. Jesus participou da criação do mundo.
" Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez",
Jo1.3. "Todas as coisas subsistem por ele", Cl 1.17.
II. A ENCARNAÇÃO DE JESUS
"Jesus, Deus bendito eternamente", Rm 9.5, fez‐se homem. Esse mistério chamase
"encarnação". A Bíblia diz: "Grande é o mistério da piedade: Aquele que se
manifestou em carne", 1 Tm 3.16. A doutrina da encarnação de Jesus excede
tudo que o entendimento humano possa compreender, porém deste milagre
depende a substância do evangelho da salvação e a doutrina da redenção.
A. Jesus se encarnou por meio duma virgem, através de concepção sobrenatural.
Quando Deus, no dia da queda, prometeu um Redentor, revelou também de que
maneira ele viria ao mundo. Ele disse à serpente: "Porei inimizade entre ti e a
mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e
tu lhe ferirás o calcanhar", Gn 3.15. O profeta Isaías profetizou: "Uma virgem
conceberá e dará à luz um filho e será o seu nome Emanuel", Is 7.14. Quando, na
plenitude dos tempos, Gl 4.4, o arcanjo Gabriel comunicou a Maria que ela seria
o instrumento da encarnação de Jesus, disse‐lhe: "em teu ventre conceberás e
darás à luz um filho, e por‐lhe‐ás o nome de Jesus", Lc 1.31. Maria respondeu:
"Como se fará isto, visto que não conheço varão?", Lc 1.34. E Gabriel lhe revelou
como este milagre aconteceria. Ele disse: "Descerá sobre ti o Espírito Santo e a
virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra, pelo que também o Santo que
de ti há de nascer será chamado Filho de Deus", Lc 1.35. Com a palavra: "Eis aqui
a serva do Senhor, cumpra‐se em mim segundo a sua palavra", Lc 1.38, Maria
aceitou, e o milagre aconteceu! Ela estava grávida!
É impossível explicar este milagre em termos biológicos. O médico Lucas
registrou este milagre no seu evangelho com fé e convicção, sem deixar uma
sombra de dúvida. "Pela fé entendemos" Hb 11.13.
B. Jesus veio a este mundo por meio dum nascimento natural.
Ele nasceu exatamente 9 meses após Maria haver concebido de modo
sobrenatural, "quando se cumpriram os dias em que ela havia de dar à luz", Lc
2.6. Jesus nasceu, conforme a profecia, em Belém, Mq 5.2, e para isto Deus
providenciou que o alistamento decretado pelo imperador Augusto obrigasse
José e Maria a locomoverem‐se de Nazaré na Galiléia até Belém, exatamente na
época de Maria dar à luz. Jesus nasceu como os demais homens nasceram.
Houve, porém, uma manifestação sobrenatural: Uma multidão de anjos
cantaram, diante de um grupo de pastores de ovelhas, louvores ao Messias que
havia nascido, Lc 2.8‐14.
C. O verdadeiro Deus havia vindo ao mundo como um verdadeiro homem.
Foi por meio deste milagre que "verbo se fez carne", Jo 1.14, e "Deus introduziu
no mundo o primogênito", Hb 1.6, e Jesus veio em semelhança de carne, Rm 8.3,
e "participou da carne e do sangue", Hb 2.14, "em tudo semelhante aos irmãos",
Hb 2.17. Foi assim que ele desceu do céu, Jo 6.33, 38, 38, 41, 42, 51, 58, e Deus
lhe preparou um corpo, Hb 10.5. A encarnação deu a Jesus condições de ser o
Mediador entre Deus e homens, 1 Tm 2.5, e ser misericordioso e fiel sumo
sacerdote, para expiar o pecado do povo, Hb 2.17. Sendo homem, podia fazer
reconciliação pelos homens. Sendo Deus a sua reconciliação fica com um inédito
valor.

III. JESUS ‐ O VERDADEIRO DEUS

Não é somente desde a eternidade, que Jesus é Deus, Jo1.1‐3. Ainda depois que
ele "aniquilou‐se a si mesmo, tomando a forma de servo", Fp 2.7, ele continua
sendo Deus verdadeiro, revelando "a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e
de verdade", Jo 1.14. As sagradas escrituras, que incontestavelmente provam a
sua deidade, foram escritas para que todos creiam que "Jesus é o Cristo, e o Filho
de Deus", Jo 20.36; 1 Jo 5.10. Vamos mencionar algumas evidências que provam
que Jesus é Deus verdadeiro.
A. Jesus é chamado "Deus"
Deus, Pai, o chamou "Deus"! "Do Filho diz: Ó Deus, o teu trono subsiste", Hb 1.8.
Duas vezes ele o chamou: "Meu Filho amado" Mt 3.17; Mc 9.7. Todo aquele, pois
que nega que Jesus é o Filho de Deus, faz o próprio Deus mentiroso, "porquanto
não creu no testemunho que Deus de seu Filho deu", 1 Jo 5.10.
O anjo, enviado por Deus, chamou a Jesus "Filho de Deus", Lc 1.35. "Chamá‐lo‐ão
pelo nome Emanuel, que traduzido é Deus conosco", Mt 1.23. Quando Jesus
havia nascido, os anjos cantaram louvores a "Cristo‐Senhor", Lc 2.11.
O próprio Jesus se chamou "Deus". Quando os seus inimigos lhe perguntaram:
"És tu o Cristo, Filho de Deus bendito?", ele respondeu: Eu o sou. Mc 14.61, 62.
Ele chamou Deus de meu Pai, Mt 10.32; Jo 2.16; 10.37; 15.24 etc. Ele se chamou
também "o Filho unigênito que está no seio do Pai", Jo 1.18 e disse; "Quem me
vê, vê o Pai", Jo 14.9; 12.45. Para a mulher samaritana ele disse que era Messias,
Jo 4.25, 26, notícia que se espalhou em toda a cidade, Jo 4.29. Ele se chamou:
Alfa e Ômega, o Princípio e o Fim, o primeiro e o derradeiro, Ap 22.13, e "Eu
sou", Jo 8.24, 28, 58; 13.59 (Comp. Êx 3.14).
Aquele que nega a deidade de Jesus rejeita o próprio testemunho de Jesus e
mostra assim que é inspirado pelo espírito de Antícristo, 1 Jo 2.22, 23. Se Jesus
fosse, como os teólogos modernistas afirmam, um produto da união entre Maria
e José ou com qualquer outro homem, o mundo não teria nenhum Salvador, e
Jesus seria um homem desacreditável, porque ele afirmou ser o Filho de Deus.
Mas glória a Jesus! Ele é Deus bendito eternamente, Rm 9.5.

III ‐ O ESPÍRITO SANTO
Quem é o Espírito Santo?
At 5.3,4 “Disse, então, Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração,
para que mentisses ao Espírito Santo e retivesses parte do preço da herdade?
Guardando‐a, não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que
formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus.”
É essencial que as pessoas reconheçam a importância do Espírito Santo no plano
divino da redenção. Sem a presença do Espírito Santo neste mundo, não haveria
a criação, o universo, nem a raça humana (Gn 1.2; Jó 26.13; 33.4; Sl 104.30). Sem
o Espírito Santo, não teríamos a Bíblia (2Pe 1.21), nem o NT (Jo 14.26, 1Co 2.10)
e nenhum poder para proclamar o evangelho (1.8). Sem o Espírito Santo, não
haveria fé, nem novo nascimento, nem santidade e nenhum cristão neste
mundo. Este estudo examina alguns dos ensinamentos básicos a respeito do
Espírito Santo.

A PESSOA DO ESPÍRITO SANTO. Através da Bíblia, o Espírito Santo é revelado
como Pessoa, com sua própria individualidade (2Co 3.17,18; Hb 9.14; 1Pe 1.2).
Ele é uma Pessoa divina como o Pai e o Filho (5.3,4). O Espírito Santo não é mera
influência ou poder. Ele tem atributos pessoais, a saber: Ele pensa (Rm 8.27),
sente (Rm 15.30), determina (1Co 12.11) e tem a faculdade de amar e de
deleitar‐se na comunhão. Foi enviado pelo Pai para levar os crentes à íntima
presença e comunhão com Jesus (Jo 14.16‐18,26; ). À luz destas verdades,
devemos tratá‐lo como pessoa, que é, e considerá‐lo Deus vivo e infinito em
nosso coração, digno da nossa adoração, amor e dedicação (ver Mc 1.11,).

A OBRA DO ESPÍRITO SANTO. (1) A revelação do Espírito Santo no AT. Para uma
exposição da operação do Espírito Santo no AT. (2) A revelação do Espírito Santo
no NT. (a) O Espírito Santo é o agente da salvação. Nisto Ele convence‐nos do
pecado (Jo 16.7,8), revela‐nos a verdade a respeito de Jesus (Jo 14.16,26), realiza
o novo nascimento (Jo 3.3‐6), e faz‐nos membros do corpo de Cristo (1Co 12.13).
Na conversão, nós, crendo em Cristo, recebemos o Espírito Santo (Jo 3.3‐6;
20.22) e nos tornamos co‐participantes da natureza divina (2Pe 1.4). (b) O
Espírito Santo é o agente da nossa santificação. Na conversão, o Espírito passa a
habitar no crente, que começa a viver sob sua influência santificadora (Rm 8.9;
1Co 6.19). Note algumas das coisas que o Espírito Santo faz, ao habitar em nós.
Ele nos santifica, i.e., purifica, dirige e leva‐nos a uma vida santa, libertando‐nos
da escravidão ao pecado (Rm 8.2‐4; Gl 5.16,17; 2Ts 2.13). Ele testifica que somos
filhos de Deus (Rm 8.16), ajuda‐nos na adoração a Deus (At 10.45,46; Rm
8.26,27) e na nossa vida de oração, e intercede por nós quando clamamos a Deus
(Rm 8.26,27). Ele produz em nós as qualidades do caráter de Cristo, que O
glorificam (Gl 5.22,23; 1Pe 1.2). Ele é o nosso mestre divino, que nos guia em
toda a verdade (Jo 16.13; 14.26; 1Co 2.10‐16) e também nos revela Jesus e nos
guia em estreita comunhão e união com Ele (Jo 14.16‐18; 16.14).
Continuamente, Ele nos comunica o amor de Deus (Rm 5.5) e nos alegra, consola
e ajuda (Jo 14.16; 1Ts 1.6). (c) O Espírito Santo é o agente divino para o serviço
do Senhor, revestindo os crentes de poder para realizar a obra do Senhor e dar
testemunho dEle. Esta obra do Espírito Santo relaciona‐se com o batismo ou com
a plenitude do Espírito. Quando somos batizados no Espírito, recebemos poder
para testemunhar de Cristo e trabalhar de modo eficaz na igreja e diante do
mundo (1.8). Recebemos a mesma unção divina que desceu sobre Cristo (Jo
1.32,33) e sobre os discípulos (2.4; ver 1.5), e que nos capacita a proclamar a
Palavra de Deus (1.8; 4.31) e a operar milagres (2.43; 3.2‐8; 5.15; 6.8; 10.38). O
plano de Deus é que todos os cristãos atuais recebam o batismo no Espírito
Santo (At 2.39). Para realizar o trabalho do Senhor, o Espírito Santo outorga dons
espirituais aos fiéis da igreja para edificação e fortalecimento do corpo de Cristo
(1Co 12—14). Estes dons são uma manifestação do Espírito através dos santos,
visando ao bem de todos (1Co 12.7‐11).
(d) O Espírito Santo é o agente divino que batiza ou implanta os crentes no corpo
único de Cristo, que é sua igreja (1Co 12.13) e que permanece nela (1Co 3.16),
edificando‐a (Ef 2.22), e nela inspirando a adoração a Deus (Fp 3.3), dirigindo a
sua missão (13.2,4), escolhendo seus obreiros (20.28) e concedendo‐lhe dons
(1Co 12.4‐11), escolhendo seus pregadores (2.4; 1Co 2.4), resguardando o
evangelho contra os erros (2Tm 1.14) e efetuando a sua retidão (Jo 16.8; 1Co
3.16; 1Pe 1.2).
(3) As diversas operações do Espírito são complementares entre si, e não
contraditórias. Ao mesmo tempo, essas atividades do Espírito Santo formam um
todo, não havendo plena separação entre elas. Alguém não pode ter (a) a nova
vida total em Cristo, (b) um santo viver, (c) o poder para testemunhar do Senhor
ou (d) a comunhão no seu corpo, sem exercitar estas quatro coisas. Por exemplo:
uma pessoa não pode conservar o batismo no Espírito Santo se não vive uma
vida de retidão, produzida pelo mesmo Espírito, que também quer conduzir esta
mesma pessoa no conhecimento das verdades bíblicas e sua obediência às
mesmas.

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